Entrevista: Sebastião Freitas (Edição 118 - março/2018)
segunda, 02 de abril de 2018
Sebastião Freitas é sócio-diretor da Logos Consultoria Empresarial, especialista em Estratégia Empresarial, Gestão de Projetos e Desenvolvimento Regional, consultor credenciado do Sebrae/PR e membro do Comitê Estratégico do CODEM (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá).
Freitas será o coordenador dos trabalhos de implementação da metodologia PRODEC (Programa de Desenvolvimento Econômico) de Fazenda Rio Grande, conduzindo, principalmente, a formação do Conselho de Desenvolvimento Local no município.
Neste ano, começa a se desenhar a ideia do Fazenda Rio Grande 2050, ou seja, é quando o trabalho começa a sair do papel e a tomar forma. Qual é e como será aplicada a metodologia do Programa de Desenvolvimento Local?
A metodologia utilizada é o resultado de diversas experiências voltadas ao desenvolvimento local e regional que foram consolidadas em um programa denominado PRODEC – Programa de Desenvolvimento Econômico. É importante destacar que a absoluta maioria das cidades no Brasil não dispõem de um planejamento estratégico que possa orientar os poderes constituídos e a sociedade na alocação de recursos (financeiros e não financeiros) em prol do desenvolvimento local. É justamente para cobrir essa lacuna que o PRODEC foi estruturado. No entanto, o Programa não é uma receita pronta e sempre deverá respeitar as características de cada cidade e sua cultura, o que exige de todos os envolvidos um forte comprometimento – é um trabalho árduo e de longo prazo.
O programa se desdobrará em etapas. Quantas e quais são elas?
A metodologia prevê 7 grandes etapas: - Prospecção de Informações; - Sensibilização e Mobilização; - Implantação das estruturas de apoio ao Programa; - Definição de Diretrizes Estratégicas para a Cidade; - Elaboração do Plano Estratégico para a Cidade; - Implantação do Conselho; - Acompanhamento Sistemático.
Quanto tempo levará até a finalização dessas etapas e a consolidação do conselho de desenvolvimento local?
O plano de trabalho prevê um prazo de 12 meses que vai desde as reuniões iniciais com as lideranças da cidade até as primeiras reuniões do Conselho. No que se refere à consolidação, não há como precisar exatamente o tempo necessário. A metodologia estabelece que ao longo dos 12 meses serão desenvolvidas atividades para que o Conselho seja constituído e já possa atuar, inclusive com amparo legal.
A participação da sociedade é o que deve garantir a concretização do Fazenda Rio Grande 2050. Como será possível manter as pessoas motivadas e engajadas para alcançar os objetivos coletivos? Haverá uma pós-consultoria na operacionalização do programa?
Certamente um dos aspectos mais fundamentais do PRODEC é o envolvimento direto da sociedade civil organizada. Entendemos que a atuação conjunta do poder público e da sociedade civil é o fator chave para o sucesso de uma cidade, possibilitando a otimização de recursos, a integração de esforços e o fortalecimento da comunidade frente a órgão estaduais e nacionais. Tal processo pode gerar resultados extraordinários para a cidade e por consequência melhorar a qualidade de vida de sua população.
Qual é a sua visão sobre o Fazenda Rio Grande 2050? Como o senhor imagina que estará o município daqui a três décadas, levando em conta suas atuais características?
Esta certamente é a pergunta mais difícil e para a qual não tenho resposta. É justamente para buscar resposta a essa questão que o PRODEC foi pensado. A resposta a tal questionamento virá de muito trabalho e dedicação e será meticulosamente construída com a participação direta do poder público, da sociedade civil, da iniciativa privada e de instituições de ensino.
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